sábado, 7 de maio de 2022

Salários em TI: veja quanto paga cada carreira na área, segundo consultoria

 

Guia da Robert Half informa as faixas para profissionais de todos os níveis em 33 cargos da tecnologia. Glassdoor e Vagas.com.br forneceram dados da carreira de design.


Carreiras em TI estão em alta: confira os salários — Foto: hitesh choudhary/Pexels


A oportunidade de ganhar um bom salário inicial e deslanchar na carreira em pouco tempo atrai muitos profissionais para a tecnologia da informação, também conhecida como TI.

O guia anual da Robert Half aponta as faixas para 33 cargos em seis áreas da tecnologia. O levantamento, que também engloba outros setores, considera as profissões mais demandadas pelos clientes da consultoria de recrutamento.


Os dados sobre salários refletem os valores oferecidos em processos seletivos liderados pela empresa e informações coletadas de profissionais em entrevistas.


Para algumas profissões, o indicador leva em conta um valor de acordo com o nível em que o profissional está na carreira. Eles são os seguintes:


  • Júnior: profissional que ainda é novo no cargo ou ainda está desenvolvendo habilidades relevantes para o trabalho;
  • Pleno: profissional com a experiência necessária e que demonstra a maioria das habilidades relevantes para o trabalho;
  • Sênior: profissional com mais experiência do que a média e que possui com todas as habilidades relevantes para o trabalho, além de especializações e certificações.


Para a área de design, que não é contemplada no guia da Robert Half, o g1 obteve os valores com as plataformas de emprego Glassdoor e Vagas.com.br.


Desenvolvimento de software


Desenvolvedor Mobile


É o programador especializado em ferramentas e linguagens de programação voltadas para criar aplicativos. Faixa salarial: de R$ 5.500 a R$ 7.950 para profissional de nível júnior; de R$ 7.650 a R$ 12.850 para nível pleno e de R$ 11.500 a R$ 19.350 para nível sênior.






Desenvolvedor Front-End


É o programador que lida com a parte de ferramentas, aplicativos e softwares que interagem com o usuário, como o visual de um site, por exemplo. Faixa salarial: de R$ 5.500 a R$ 7.950 para profissional de nível júnior; de R$ 7.750 a R$ 13.000 para nível pleno e de R$ 11.550 a R$ 19.350 para nível sênior.



Desenvolvedor Back-End


É o profissional que trabalha com a programação que os usuários não têm acesso, como o banco de dados de uma rede social ou os sistemas de logística de um app de entrega, por exemplo. Faixa salarial: de R$ 4.850 a R$ 7.050 para profissional de nível júnior; de R$ 6.900 a R$ 11.600 para nível pleno e de R$ 10.750 a R$ 18.050 para nível sênior.



Desenvolvedor Full-Stack


É o programador que pode atuar tanto como back-end quanto como front-end ou desenvolvedor mobile. Faixa salarial: de R$ 8.100 a R$ 13.550 para nível pleno e de R$ 10.750 a R$ 18.050 para nível sênior. Por conta da quantidade de conhecimentos necessária, essa vaga não possui uma versão júnior no guia da consultoria.



Product owner (PO)


É o responsável por organizar as prioridades e configuração dos times que vão desenvolver um projeto. Ele também garante que esse cronograma esteja alinhado com os objetivos de negócio das empresas. Faixa salarial: de R$ 9.200 a R$ 15.500.



Gerente de Produto


Pode ser considerada uma versão ainda mais estratégica do product owner. Além de manter cronogramas e organizações de recursos em dia, esse profissional tem como função encontrar oportunidades de negócios e, basicamente, é o responsável por entregar ao usuário o que ele deseja em um produto. Faixa salarial: de R$ 12.350 a R$ 20.650.



Scrum master


É o responsável por garantir que os times sigam a metodologia Scrum de forma correta. Ele garante que todos os membros das equipes consigam entregar seus compromissos dentro do período de tempo determinado pelo método, as chamadas "sprints". Faixa salarial: de R$ 10.150 a R$ 17.000.



Agile coach


É um especialista em metodologias ágeis, que são formas de organização de tarefas dentro de times. Esse profissional é responsável por implementar e difundir esse conhecimento dentro das empresas. Faixa salarial: de R$ 11.550 a R$ 19.350.



Analista de testes


Como o nome diz, é o responsável por testar os programas desenvolvidos e reportar quando existem bugs, nome popular dos erros presentes nos códigos de computador. Faixa salarial: de R$ 4.550 a R$ 7.350 para profissional de nível júnior; de R$ 6.150 a R$ 10.300 para nível pleno e de R$ 8.300 a R$ 13.950 para nível sênior.


Design*





UX Designer


É o profissional responsável por lidar com a forma como o usuário usa um produto, seja um site ou aplicativo. O User Experience Design analisa designs de interface, testes de usabilidade, mapas de navegação e cria protótipos para facilitar a vida do usuário. Média salarial: R$ 5.324, com base em 1.115 salários compartilhados no Glassdoor.



UI Designer


Também chamado de designer de interface, é o profissional que cria o visual de softwares, apps e sites. Além do aspecto estético, é o profissional que planeja a experiência do usuário ao interagir com os elementos. Por exemplo: o que acontece quando o usuário clica no botão de um aplicativo. Média salarial: R$ 4.380, com base em 230 salários compartilhados no Glassdoor.


(*No site Vagas.com.br os cargos de UX e UI Designer são listados como um só. Segundo os anúncios feitos na plataforma, os salários começam em R$ 3.012 e podem chegar a R$ 6.169.)




Aplicações e integração de sistemas


Coordenador de sistemas


É o líder que coordena toda a execução de um projeto de sistemas. Ou seja, quando um programa ou aplicativo é desenvolvido, o coordenador de sistemas é responsável pelo resultado final. Além disso, é um profissional com visão mais ampla do negócio da empresa, de processos e faz o contato entre a companhia e clientes ou fornecedores. Faixa salarial: de R$ 10.750 a R$ 18.050.



Analista de negócios


Na área de TI, esse profissional é responsável por planejar e gerenciar a implementação de projetos que envolvem programas e aplicativos. Em geral, atua como um consultor para entender o que o cliente precisa e oferecer soluções tecnológicas para outras empresas. Faixa salarial: de R$ 9.250 a R$ 15.500.



Analista de sistemas


Enquanto um desenvolvedor tem uma proximidade mais direta com o código ou a programação em si, o analista de sistemas pode exercer essa função, mas vai além dela. Esse profissional é responsável por entender e planejar como vai funcionar o hardware (componentes físicos do computador), software (os programas desenvolvidos) e como o usuário faz uso deles. Faixa salarial: de R$ 5.100 a R$ 8.100 para profissional de nível júnior; de R$ 6.900 a R$ 11.550 para nível pleno e de R$ 10.000 a R$ 16.750 para nível sênior.


Arquiteto de software


É um especialista em programação que estabelece padrões tanto para a forma como uma empresa codifica seus softwares quando para ferramentas e plataformas que vão ser usadas pelos outros membros de um time de desenvolvimento. Faixa salarial: de R$ 12.300 até R$ 20.650.



Analista de DevOps (desenvolvimento e operações)


Quem atua nessa área tem como responsabilidade colaborar com a automação dos processos de uma empresa, além da criação de softwares e gestão da infraestrutura. O analista é responsável tanto pela produtividade (desenvolvimento) quanto pela confiabilidade (infraestrutura) dos produtos de tecnologia. Faixa salarial: de R$ 12.350 até R$ 20.650.




Big data





Especialista/Cientista de dados


É um cargo para profissionais capazes de coletar, gerenciar e transformar grandes quantidades de dados em informações relevantes para o negócio. A média salarial desse cargo leva em consideração os profissionais mais experientes na área. Faixa salarial: de R$ 13.100 a R$ 21.950.



Analista de BI


É o profissional que atua na área de inteligência de negócios em uma companhia. Isso significa criar formas de otimizar processos de uma companhia por meio de dados. Além disso, é o profissional que busca formas da sua empresa obter vantagens competitivas ao estudar o mercado. Faixa salarial: de R$ 5.600 a R$ 9.000 para profissional de nível júnior; de R$ 7.650 a R$ 12.850 para nível pleno e de R$ 10.000 a R$ 16.750 para nível sênior.



Especialista de BI


É um profissional que atua coletando e interpretando informações da mesma forma que um cientista de dados. Só que o especialista em BI tem um foco nas decisões de negócios, principalmente. É uma posição considerada sênior, um degrau acima de um analista de BI. Faixa salarial: de R$ 11.550 até R$ 19.350.




Segurança/Governança





Coordenador de segurança da informação:


É o responsável por gerenciar a área de segurança de uma companhia e tem como objetivo proteger dados e informações sensíveis de possíveis ataques, assim como estabelecer políticas de segurança. Faixa salarial: de R$ 14.750 a R$ 20.200.



Analista de segurança


É o profissional que administra o ambiente de tecnologia das empresas (sejam redes de computadores, nuvem ou outros). Além de tentar prevenir invasões e vazamentos, trabalha para corrigir esses problemas quando eles acontecem. Faixa salarial: de R$ 5.350 a R$ 9.000 para profissional de nível júnior; de R$ 6.900 a R$ 11.550 para nível pleno e de R$ 9.950 a R$ 16.750 para nível sênior.



PenTester


É o especialista que testa os sistemas de segurança das empresas para acessos não autorizados, também chamados de invasão. Esse tipo de profissional encontra vulnerabilidades nas proteções de softwares e dados e ajuda as empresas a protegê-los. Faixa salarial: de R$ 13.000 a R$ 17.850.



Liderança executiva para área de TI


CIO (Chief Information Officer)


É o diretor responsável por liderar o uso de tecnologia de informação dentro das companhias. Nos últimos anos, esse cargo vem ganhando mais importância mesmo dentro de empresas que não tenham como principal atividade do desenvolvimento de software e outros produtos de tecnologia. Faixa salarial: de R$ 28.550 até R$ 47.800.



CTO (Chief Technology Officer)


É um cargo de direção relacionada à tecnologia, assim como o CIO. Só que, na maioria dos casos, esse diretor está mais focado na criação de novos produtos e formas de uma empresa ganhar dinheiro usando os recursos tecnológicos. Faixa salarial: de R$ 27.550 a R$ 46.150.



CSO (Chief Security Officer)


É o diretor responsável pela segurança das informações de uma empresa. Gerencia tanto a proteção documentos confidenciais dos negócios quanto informações e políticas relacionadas aos dados dos usuários. Faixa salarial: R$ 24.650 a R$ 41.350.



Gerente de desenvolvimento


Tem como principal objetivo organizar, treinar e manter alinhado o time que desenvolve softwares em uma empresa. Faixa salarial: de R$ 17.050 a R$ 28.550.



Gerente de sistemas


Organiza as atividades da área de TI, envolvendo a elaboração de projetos, implantação, desenho de processos, dentre outros. Faixa salarial: de R$ 15.450 a R$ 25.850.



Gerente de dados


Atua como responsável pela equipe que coleta e analisa informações úteis aos negócios da empresa, além de definir como uma companhia lida com esses dados. Faixa salarial: de R$ 19.300 a R$ 32.250.



Gerente de Inteligência de Negócios (BI)


É o responsável pelo time que faz análise, planeja e executa estratégias de negócios. Isso inclui: analisar dados e tendências de mercado, identificar o que os concorrentes estão fazendo e detectar oportunidades, dentre outras funções. Faixa salarial: de R$ 17.750 a R$ 29.700.


Gerente de segurança da informação


Responsável por liderar o time que que protege os dados de uma companhia, além de implementar as políticas de dados elaboradas pela direção. Faixa salarial: de R$ 20.050 a R$ 33.550.



Gerente de infraestrutura


Responsável por liderar o time que cuida de redes, equipamentos, softwares, ferramentas de nuvem e outros serviços tecnológicos usados por uma empresa. Faixa salarial: de R$ 14.650 a R$ 24.500.



Infraestrutura/Cloud/Help Desk/Redes


Especialista de Cloud


É o profissional que tem certificações em soluções de nuvem usadas por empresas e outras organizações. É responsável pela instalação, manutenção e organização desse ambiente para empresas. Faixa salarial: de R$ 9.250 a R$ 15.500.



Coordenador de Infraestrutura


É o responsável por toda a parte de infraestrutura tecnológica de uma empresa. Isso significa todo o hardware (computadores, celulares, impressoras e outros equipamentos) usado pelos funcionários, softwares e outras soluções, como serviços em nuvem. Também é o responsável por planejar trocas desses equipamentos e serviços, além de organizar o atendimento aos usuários da empresa. Faixa salarial: de R$ 9.250 a R$ 15.500.



Analista de Infraestrutura


É o responsável por manter a estrutura de tecnologia de empresas, órgãos públicos e outras organizações. Pode atuar com manutenção e gestão de hardwares (computadores e outros gadgets), redes e softwares. Faixa salarial: de R$ 3.850 a R$ 6.450 para profissional de nível júnior; de R$ 5.400 a R$ 9.050 para nível pleno e de R$ 8.100 a R$ 13.550 para o nível sênior.



Analista de Suporte


É o profissional responsável por prestar assistência aos usuários nas empresas e organizações. Seja instalando softwares, realizando manutenção em equipamentos ou resolvendo problemas diversos. Faixa salarial: de R$ 3.050 a R$ 5.150 para profissional de nível júnior; de R$ 4.600 a R$ 7.750 para nível pleno e de R$ 6.150 a R$ 10.300 para nível sênior.


Fonte G1

Guia para carreira em TI: profissões, salários, por onde começar e como se desenvolver em tecnologia

 

Com falta mão de obra, a área conta com remuneração alta e dá oportunidades mesmo para quem tem pouca experiência. Não à toa a rotatividade é grande e setor atrai até quem tem outras profissões.




Enquanto quase 12 milhões de brasileiros estão desempregados, segundo dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), um setor apresenta uma situação bem diferente: falta mão de obra.



Na tecnologia da informação, chamada de TI, existe muito mais demanda do que gente que pode suprir. E olha que em 2021 foram gerados quase 200 mil empregos na área, segundo a associação das empresas de tecnologia, a Brasscom. Veja abaixo as áreas que mais vão gerar emprego em TI.

A pandemia acelerou um movimento que já crescia: com tanta gente em casa, mais do que nunca se recorreu à tecnologia para tudo. Entre as empresas, quem ainda não era digital teve que correr para ser.

E por trás de cada ferramenta acessada, de cada aplicativo que faz chegar comida, remédio, transporte, comprovante de vacinação, que faz pagamentos e que mantém as conversas em dia existem muitos profissionais de TI. Mas não o tanto que o mercado precisa.

A Brasscom estima que o Brasil forme 53 mil pessoas em cursos de perfil tecnológico por ano. Só que, nesse período, o mercado requer, em média, 159 mil profissionais. Ou seja: a conta não fecha.


Os principais efeitos disso são:


  • aumento nos salários de quem já é especialista na área. A remuneração em tecnologia (incluindo benefícios) é pelo menos 2,5 vezes maior do que a média salarial brasileira, segundo a Brasscom. As posições mais altas no guia de salários deste ano da consultoria de recrutamento Robert Half beiram os R$ 50 mil.
  • oportunidades para quem tem pouca experiência. A busca por profissionais juniores, com no máximo dois anos de carreira, cresceu mais de 170% no 1º semestre de 2021, frente ao mesmo período do ano anterior, aponta a plataforma GeekHunter. Segundo a Robert Half, a faixa salarial para essas posições pode variar de R$ 3.000 a R$ 9.000, dependendo da carreira.



Não à toa muitos profissionais costumam trocar rápido de emprego, como se sempre existisse algo melhor ali ao lado: e muitas vezes tem mesmo.


Áreas que mais vão gerar emprego em TI — Foto: Fernanda Garrafiel/Arte g1
Fonte: G1